É normal crianças passarem por fases em que elas têm medo do escuro. Qualquer rangido no assoalho ou barulho aleatório no meio da noite faz com que elas fiquem aterrorizadas. Eis o motivo disso acontecer.
Talvez seja uma informação óbvia, mas não é exatamente do medo em si que as crianças têm tanto medo, e sim o temor de que algum bicho-papão ou outro monstro apareça debaixo da cama depois de fazer algum barulho. Este medo, e a ansiedade gerada por ele, age como um mecanismo verificador e limitador contra comportamentos imprudentes como, por exemplo, correr na noite africana com a possibilidade de ser atacado por algum felino gigante. Em outras palavras, é uma vantagem evolutiva.
O escuro representa o desconhecido. Em qualquer fase da vida, tudo o que não conhecemos direito e parece misterioso nos causa estranheza e receio. Desde pequenos aprendemos que a claridade é sinal de segurança. Assim, evitamos ou nos sentimos desprotegidos em lugares pouco iluminados.
Além disso, na infância, parte dos pensamentos está ligada à fantasia; nem sempre identificamos o que é real ou não. Ao apagar a luz do quarto, não enxergamos o que existe lá. E é aí que pensamentos sobre monstros podem surgir.
Mas, não se preocupe! Os monstrengos fazem parte apenas da imaginação. Também não sinta vergonha, pois esse tipo de temor é natural. Em geral, ocorre com mais intensidade até os 6 anos. A partir dos 7, costuma diminuir.
Mas sentir medo é importante. Faz com que a gente pense antes de fazer algo. É o temor de ser atropelado e se machucar, por exemplo, que nos impede de atravessar a rua com veículos em movimento. O sentimento funciona como tipo de proteção contra perigos. Sem ele, colocaríamos nossa vida em risco em muitas situações.
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