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Curiosidades

10 Curiosidades sobre a história do sexo



Existe muito mais coisa sobre o relacionamento humano do que podemos saber. Pesquisas sobre o comportamento sexual são feitas a todo instante — e a necessidade de conhecimento nunca se esgota. Com frequência também são encontrados objetos sexuais tão antigos quanto podemos imaginar. Você já parou pra pensar sobre a origem do Viagra e do vibrador, por exemplo? Ou sabe quais as médias mundiais do membro masculino? Para responder a estas e outras questões, a SUPER preparou uma lista baseada na obra O Livro Proibido do Sexo, de Marcia Kedoux.


1. O Dia do Sexo não era comemorado em 6 de setembro


Na verdade, era um pouco depois. E o motivo era outro. Um grupo chamado Círculo Brasileiro de Educação Sexual instituiu em 20 de novembro de 1935 o Dia do Sexo para fazer a reabilitação moral da prática sexual. A ideia era mostrar que não existia nenhuma razão séria para classificar o sexo como imoral, ao contrário do que acreditavam. Várias rádios aderiram à causa em 1935, mas a data morreu três anos depois, quando as comemorações sumiram. Esse episódio não tem ligação alguma com o 6 de setembro, criado em 2008 por uma marca de preservativos. O porquê do dia você já deve saber: ele faz alusão à posição 69.


2. Viagra, a droga que vendeu mais rápido na história


Estava em andamento uma pesquisa de dilatadores vasculares para tratar hipertensão e angina. Só que aí os participantes do estudo começaram a relatar ereções involuntárias. E foi assim, sem querer, que o Viagra foi descoberto. O comprimido mágico para homens saiu do anonimato em 1998, quando os Estados Unidos começaram a vender ele, o que resultou em um lucro de 1 bilhão de dólares apenas naquele ano. No Brasil, em quinze anos, o número de comprimidos de Viagra vendidos chegou a 114 milhões.

Ao contrário do que alguém pode pensar, o medicamento azul não aumenta o desejo, apenas mantém retido o sangue que foi parar nos órgãos genitais depois de um estímulo. E os remédios que foram lançados depois do Viagra também atuam dessa forma. O que muda de um pro outro é a duração da substância no organismo. O Cialis, por exemplo, fica no corpo por até 36 horas. Mesmo sendo drogas seguras, os homens devem tomar apenas com prescrição médica, porque o remédio pode causar dependência psicológica.


3. Seu pênis (ou o do seu parceiro) é enorme


O homem é o primata com o maior membro entre todos os hominídeos. Sério mesmo. O dos chimpanzés, gorilas e orangotangos é tão fino como uma caneta. Os gorilas e os orangotangos têm o menor órgão quando ereto: meros 4 centímetros. Já os dos chimpanzés e dos bonobos medem 7,5 centímetros. Pequenos assim, sim.

Sobre o pênis humano, não existem pesquisas que tenham avaliado, com o mesmo método e rigor científico, o tamanho em diversos países. Mas um estudo feito na Irlanda do Norte, na Universidade de Ulster, analisou dezenas de trabalhos e chegou a algumas médias. As menores são 9,65 centímetros, na Coreia do Sul, e 10,16 centímetros, na China e na Índia. Já as maiores médias estão no Equador, com 17,78 centímetros, e no Congo, com 18,03 centímetros. Aqui, a Sociedade Brasileira de Urologia considera que o tamanho fica entre 12 e 14 centímetros. Nada mal para os brasileiros, ein?

O maior pênis já medido é o do ator Jonah Falcon(foto acima), com 34 centímetros. E isso está comprovado em um documentário feito para a TV.


4. O preservativo pode ser muito, mas muito antigo

Uma imagem do que seria a camisinha (com um manual) em 1813

Uma pintura de 12 mil anos encontrada na caverna de Combarelles, na França, mostra um casal fazendo sexo. Só que dá pra notar que o homem da pintura está com o pênis coberto. Uma primeira ideia do que hoje é a camisinha? Pode ser. Também existem registros do Egito Antigo que descrevem homens de classes altas usando na glande um acessório feito de intestino animal. Outros relatos são de faraós com o membro coberto de papiro lubrificado com óleos, e chineses com papel de seda untado. Tudo muito distante do que conhecemos hoje.

A camisinha mesmo começou a ser criada no século 16 pelo anatomista italiano Gabriele Fallopio. Na verdade, ele deu o pontapé inicial. Nos séculos 17 e 18, os preservativos de intestino animal ficaram populares e começaram a ser usados pela nobreza e pelos mais ricos para evitar filhos bastardos. Aí o engenheiro americano Charles Goodyear entrou na jogada no século 19 e desenvolveu a vulcanização, um processo que torna a borracha extremamente maleável e resistente. Mas foi o químico Julius Fromm quem ampliou o uso do material. Em 1912, ele misturou a borracha com gasolina e benzeno e conseguiu um material líquido. Em seguida, Fromm mergulhou um molde nessa sopa e obteve uma camisinha mais fina e sem costura. E pode acreditar, é algo bem próximo do que temos hoje. A produção em massa começou em 1916, há quase 100 anos.


5. O primeiro vibrador (que não vibrava) tem 28 mil anos


O consolo mais antigo visto até agora pode ter nada mais, nada menos do que exatamente isso: quase 30 mil anos. Feito de rocha, o objeto possui 20 centímetros de comprimento e 3 de espessura. Ele foi encontrado em vários pedaços, sendo que o último veio ao conhecimento do mundo em 2005, direto da caverna Hohle Fels, na Alemanha. Mas o vibrador mesmo, quase como nós o conhecemos, foi o quinto eletrodoméstico do mundo, acredite. Ele foi lançado nos anos 1890 como um singelo massageador de músculos.

No começo do século 20, os massageadores se popularizaram tanto que, em 1917, os americanos tinham mais vibradores do que torradeiras. Mas o brinquedo não durou muito tempo. Três anos depois, os massageadores entraram em crise. É provável que o uso do objeto em filmes eróticos e o maior conhecimento da sexualidade feminina tenham contribuído para isso. Afinal, as pessoas começaram a perceber que eles não eram massageadores, mas vibradores. Não havia nada de medicinal naquilo. Décadas depois, nos anos 1970, os movimentos de liberdade sexual deram uma força para que os brinquedos eróticos voltassem ao mercado.


6. Prevenir a gravidez pode não ser tão recente assim


Pois é. A pílula anticoncepcional e a camisinha podem ser os métodos mais populares, mas talvez não sejam os mais antigos. O documento Papiro Ebers, que data de 1552 a.C., reúne 700 registros de fórmulas contraceptivas. Mas alguns estudiosos acham que esses métodos eram ainda mais antigos, algo como 3000 a.C. Outro papiro, o Kahun, foi feito em 1825 a.C., e é um resumo ginecológico de 34 parágrafos, dois deles dedicados a fórmulas para evitar a gravidez.

Naquela época, não eram simples comprimidos. Uma das práticas adotadas era a aplicação íntima de mel, por exemplo, porque reduziria a mobilidade dos espermatozóides. Outro método utilizado era o leite azedo, que libera ácido lático, ingrediente que altera o pH da vagina e torna o ambiente nocivo às células sexuais masculinas. Mas não existe nada comprovado sobre a eficácia das técnicas. Por isso, não vá fazer em casa, por favor.

A pílula de verdade, como nós a conhecemos, foi finalmente lançada em 1957, após décadas de pesquisa. Mas o objetivo inicial não era evitar a gravidez. A Enovid tratava distúrbios menstruais, como ciclos irregulares e sangramento excessivo. Só que aí milhares de mulheres começaram a relatar esses distúrbios e pedir a pílula — provavelmente para evitar gestações. Em 1960, o órgão regulador da indústria farmacêutica americana finalmente liberou o comprimido para uso como contraceptivo.


7. Por que a aliança representa a união de duas pessoas


Tudo começou com os egípcios, que acreditavam que o coração era o centro do corpo e da alma. E que dele partiam todas as veias rumo às extremidades. A principal delas terminava no… dedo anelar da mão esquerda. Por isso que os casais deveriam usar naquele dedo um arco de metal: para prender o coração. O círculo, que não tem começo nem fim, simboliza a eternidade. E aí nós adotamos essa tradição também. Isso também mostra que, antigamente, esse povo era monogâmico. Na verdade, existem poucos indícios da poligamia — os faraós são exceção. Até porque o adultério era moralmente condenável para ambos os sexos.


8. O Kama Sutra não é um livro pornográfico

Se você só ouviu falar dele, pode pensar que é um manual de posições sexuais. E muita gente diz que é. Mas, na verdade, não é. O Kama Sutra fala sobre a conduta de relacionamentos amorosos. Ninguém sabe a data certa de elaboração, mas alguns estudiosos acreditam que o livro foi escrito antes de Cristo. O autor foi o indiano Vatsyayana, que compilou e tornou mais simples trabalhos que já existiam.

O Kama Sutra é dividido em sete partes, com 36 capítulos. O que ficou famoso foi apenas um desses capítulos, justamente o que ensina posições sexuais. E não existem ilustrações. Tem de tudo no livro, desde preocupações com a higiene, como tomar banho e escovar os dentes, até o que fazer depois da transa. As práticas sexuais são bem menos acrobáticas e numerosas do que foram espalhadas por aí. As posições clássicas são apenas dez. Existem algumas classificadas como especiais ou incomuns, e outras que falam sobre sexo em grupo e anal. As muitas também ditas por aí surgiram da cabeça de diferentes autores e textos que se popularizaram pela internet.


9. Voluntários transaram em um laboratório para participar de pesquisa

Virginia Johnson e William Masters convenceram 694 voluntários a participar de um estudo em troca de um pagamento simbólico. A pesquisa consistia em transar e se masturbar dentro de um laboratório enquanto esses voluntários eram monitorados com eletrodos para medir batimentos cardíacos e a atividade cerebral. Também foram instaladas mini-câmeras dentro de falos de plástico introduzidos na vagina. Uma pesquisa um tanto diferente, não? E foi o primeiro estudo científico clínico sobre sexo.

Em 1966, os primeiros resultados da pesquisa saíram (em sigilo) no livro A Resposta Sexual Humana, voltado a médicos e residentes. Isso contribuiu para a quebra de várias crenças, entre elas a teoria freudiana sobre a “inveja do pênis” e os dois tipos de clímax feminino. Johnson e Masters mostraram que os orgasmos clitoriano e vaginal não são separados. Eles também provaram que o tamanho do pênis não interfere no prazer, já que a vagina se molda aos diferentes tipos. Claro que a pesquisa foi criticada naquela época, mas o livro se tornou um best-seller (bem diferente dos best-sellers sobre sexo que vemos por aí ultimamente).


10. A profissão mais antiga do mundo (?)


Em Roma e na Grécia Antiga, receber dinheiro em troca de sexo era uma atividade regulamentada. E boa parte da grana, que era devidamente controlada, ia para os impostos. Documentos mostram que os homens se prostituíam também, mas para o mesmo público alvo que as mulheres: os clientes masculinos. Centenas de anos depois foram encontradas moedas de bronze que, de um lado, exibem um número de I a XVI, e, de outro, uma cena de sexo explícito. Alguns dizem que eram usadas em bordéis de acordo com o serviço que o cliente queria e o número do quarto em que ele receberia. Outros dizem que o número gravado ali significava o preço pago pelo pedido. E tem quem acredite que as moedas serviam apenas para decoração.



Crédito: Thaís Zimmer Martins
Via Super Interessante



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